
💌| Dear Analice: miss you Capítulo 8
💌| Compreendida
Publicado em 02/07/2022"Querida Analice, [...]"
Cena 1
Querida Analice,
Hoje fui subestimada, e compreendida...
- Avançar
Cena 2

💌| Memórias
—O que você está fazendo? – ele riu enquanto falava– Tem um diário, é?
E ele tirou de mim, assim como os soldados fizeram com você.
Estava com raiva, muita raiva. O garoto estava me subestimando, e claro, isso pode até ser uma vantagem, pois quando lhe subestimam, significa que não fazem ideia do que é capaz.
E enquanto pensava no que faria para tirar o diário dele, um menino de olhos e cabelos castanhos apareceu em minhas costas, prendendo minha atenção:
—Deixe ela Phillipe.
Olhei pra ele carrancuda e falei:
— Não preciso que me defenda, sou bem capaz de fazer isto sozinha.
Assim dito, me virei para o menino que segurava meu diário, e, chutei bem no meio das pernas dele. Quem pensam que eu sou? Não duvido que conseguiria acabar com todos, é só me esforçar, não que para isso fosse necessário.
Peguei o diário de suas mãos, olhei feio para o menino que me defendeu, por assim dizer, e segui andando. Mas o que eu não sabia é que ele me seguia. Então correndo até mim, fez-me uma pergunta curiosa:
— Por que você escreve aí?
No início fiquei com dúvida se deveria ou não respondê-lo, mas queria saber onde a conversa iria acabar, então assim fiz:
— Minha irmã...-ele demonstrou-se confuso e ao mesmo tempo triste-Foi levada pelos soldados russos, minha mãe ficou tão mal que não saí mais da cama, lhe garanto que nem mesmo notou minha ausência. E ao escrever no diário é como se ela estivesse aqui, Analice, minha irmã.
Eu estava com vontade de chorar, mas não queria demonstrar fraqueza diante dele, então comecei a andar mais apressadamente, porém ele fez o mesmo.
— Te entendo – falou ele, e comecei a desacelerar meus passos – meu irmão também foi levado... Sinto falta dele. Sabe, tentei impedir, mas acontece que não consegui, estava lá tentando o alcançar mas me barraram, não deixaram-me passar.
— Ao menos, você estava lá, e tentou impedir, mas eu nem tentei, nem percebi que ela saiu.
— E eu tive a chance de não deixar que o levassem, mas não a aproveitei, não por completo, não consegui impedir.
-Então venha comigo — o disse.
— Ir com você? Para onde?
— Resgatar minha irmã, assim pode resgatar o seu irmão também, e uma ajuda não me cairá nada mal.
Sinceramente, esperava que ele recusasse.
—Tudo bem. Vamos. -Disse ele me acompanhando.
O olhei surpresa, e o parei, se fosse fazer isso mesmo precisaremos de mantimentos.
Continua no próximo capítulo
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