
Destinados Capítulo 3
𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷
Publicado em 02/07/2022~ Não revisado ~
Boa leitura, Fantasy 💫
Cena 1

· ❥ · 𝐋𝐞𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐨 𝐯𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨…
❝ 𝗔𝗸𝗮𝗶 𝗜𝘁𝗼 é uma lenda
que diz que quando a
pessoa é destinada a outra
ambas têm um laço vermelho
que as ligam, no dedo mindinho.
O laço pode embaraçar, emaranhar
mas ele nunca quebra. O laço não é
visível a olho nu, mas está lá desde o
momento do nascimento.
Quanto mais longo estiver o fio
mas longe as pessoas estão
e mais tristes estarão.
Sequer a morte o rompe, apenas
o alarga para se encontrarem em outra vida ❜❜.
𝐒𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐇𝐨𝐧𝐠: De origem chinesa, o nome significa "Vermelho". Um sinal de sorte.
𝐒𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐀𝐡-𝐤𝐮𝐦: De origem chinesa, o nome significa "Tesouro".
𝐒𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐇𝐨𝐧𝐠 𝐀𝐡-𝐤𝐮𝐦: "Tesouro vermelho".
- C A P Í T U L O 1
Cena 2

ㅤㅤㅤㅤㅤ────────
ㅤㅤㅤㅤEsᴛᴇ ᴇ́ ᴏ 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷 ᴅᴇ
ㅤㅤㅤㅤㅤ"𝗗𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼𝘀"ㅤㅤㅤㅤㅤ
ㅤㅤㅤㅤㅤ────────
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤHong Ah-kum
Passo as mãos entre os fios do meu cabelo. Primeiro ano do ensino médio, não é incrível como o tempo passa rápido?!
Enquanto vejo meu reflexo no espelho, sinto uma pequena lágrima escorrer pela minha bochecha e isto resultou em várias lágrimas correndo ligeiramente pelo meu rosto. É, estou chorando.
De novo estou a chorar pelo mesmo motivo e não sei ao certo o porquê de sempre me sentir tão triste quando sonho com ele.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤSONHO
Estava no parque perto da escola, sentada embaixo de uma árvore, aproveitando a sombra daquela linda tarde de primavera enquanto relia "Todas as flores que não te enviei".
Mas então ele apareceu, seu rosto coberto pelo boné me impedia de vê-lo com nitidez, porém ao julgar pelo sotaque ele não é de Hangzhou.
— Você me conhece? — Perguntei, já que todas às vezes ele aparece em meus sonhos.
O garoto em pé, ficou me observando, me analisando como se tentasse lembrar de mim, mas então finalmente respondeu:
— Não, mas ainda tenho a impressão que a conheço.
Isso de fato é estranho, mas não tenho medo, apenas quero estar perto dele. Mesmo sem nem saber o seu nome eu sinto todas as partes do meu corpo gritando por ele, necessito saber mais, necessito dele perto de mim.
— Você me conhece? — Repetiu a pergunta que eu fiz.
Embora eu não o conheça pessoalmente, eu o vejo em meus sonhos, já ouvi ele conversando com os amigos e sei os lugares que ele gosta de ir.
— Conheço você. — Confessei e abri um sorriso — És o garoto dos meus sonhos.
E então ele sumiu, como todas as vezes e o parque foi sumindo no vento, até que só restasse eu alí.
E a última coisa que ouvi antes de acordar foi:
— Eu irei te encontrar, pois estamos eternamente destinados.
— Talvez uma vida passada? — Questionei ao me lembrar do sonho — Meus pais sempre me falaram de algo desse tipo, mas nunca de fato acreditei. Seria real?
Enxuguei qualquer resquício de lágrimas no meu rosto. Por mais que meu coração esteja pulsando fortemente, eu não irei pensar nele, preciso focar no ensino médio.
Fui até a minha pequena mesa de "bagulhos" e chamo assim porque é realmente uma mesa cheia de coisas aleatórias e misturadas.
Passei o perfume que papai trouxe em sua última viagem a Xangai. O perfume tinha um cheiro adocicado, mas não era enjoativo.
— Ah-kum, está na hora de tomar café! — Minha mãe gritou do outro lado da porta, e apressada terminei de me arrumar e saí.
— Como minha princesa está linda! — Minha mãe falou ao me ver e apertou minhas bochechas.
— Mãe! — Disse sentindo minhas bochechas esquentarem e então ela começou a rir.
— Vamos comer antes que a senhorita se atrase, está bem? Aproveite que seu pai está aqui para tomar café da manhã conosco.
Papai quase nunca estava em casa, principalmente quando é para ser um momento em família, pois ele trabalha muito e geralmente viaja a trabalho. Estou feliz que ele esteja aqui para meu primeiro dia no ensino médio.
— Bom dia! — Papai disse ao ver eu e mamãe entrar na cozinha.
— Bom dia! — Respondo indo me sentar — É ótimo que estejamos todos juntos.
Mamãe e papai concordaram.
— Já que estamos todos juntos, que tal contarmos sobre como o fio vermelho fez com que eu e sua mãe ficássemos juntos? — Papai sugeriu.
— Esta história de novo? Não sou velha demais para isso? — Mamãe deu um tapinha em meu ombro.
— O fio vermelho não é uma lenda, Ah-kum! — Me repreendeu — Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se… Independentemente do tempo, lugar ou circunstância… O fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir.
— Falando nisso, querida — Papai disse — Se lembra daqueles sonhos que tínhamos antes de nos conhecer? — Papai perguntou e mamãe concordou.
— Espere, sonhos? — Perguntei espantada.
— Sim, eu e seu pai tínhamos sonhos idênticos todas as noites, mas quando nos conhecemos isso parou. — Mamãe explicou
— Por que parou?
— Porque outras coisas começaram a acontecer — Papai disse com um sorriso — Mas isso você vai descobrir quando achar o seu destinado.
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— Está vendo, nem para lembrar dos seus sonhos você presta. — Chang Chang falou brincando enquanto andávamos a caminho da escola.
— Mas eu lembro de tudo. — respondi — É que só acontece isso no sonho.
Chang Chang passou a mão no queixo, imitando aqueles pensadores que estudamos em filosofia e em seguida continuou a me provocar:
— Para você se lembra disso, então ao menos ele deve ser bonito, ãn?! — Chocou nossos ombros me fazendo cambalear para o lado.
— Ei, sua pervertida! — Ela riu — Que parte de "eu não consigo ver o rosto dele" você não entendeu?!
— Certo certo. — Ergueu os braços se rendendo — Não irei mais questionar os seus sonhos enigmáticos, princesa Ah-kum.
Nós rimos.
— Ya! — Chang gritou de repente e cobri meus ouvidos sensíveis.
— Você realmente ama gritar, né?! — Um biquinho se formou em meus lábios e eu continuava com as mãos no ouvido.
— Ouça. — Disse eufórica tirando as minhas mãos dos meus ouvidos — E se ele for sua alma gêmea? Como em 'Akai Ito'.
Minha nossa, eu devo ser a única chinesa que não acredita nessa lenda.
— Olha, Chang... Eu entendo que você acredita nessa lenda, mas você sabe que eu não acredito nisso. — A de mechas coloridas me olhou como se estivesse prestes a pular em meu pescoço.
— Como você, que tem pais tão românticos, consegue ser essa velha rabugenta?
— Velha rabugenta não. — Disse fazendo uma careta — Apenas não acredito em amor a primeira vista e sei lá, apenas não acredito em destino.
Novamente Chang Chang me olhou indignada.
— Almas gêmeas não estão destinadas a se casar, mas sim a se encontrar. — Explicou — Mas, porém, portanto e toda via...
— E lá vem — Cruzei os braços e acelerei o passo.
— Espere! — Me alcançou — Apenas ia dizer que você e o garoto dos seus sonhos tem mais chances de serem destinados e não almas gêmeas, tipo... Namorados — Sorriu.
— Essa conversa fiada ainda vai causar nosso atraso no primeiro dia de aula — Andei mais rápido.
— Não fuja do assunto — Andou mais rápido para me alcançar.
— Não estou fugindo — Corri.
— Está sim! — Correu atrás de mim.
E assim foi o nosso caminho para a escola e quando percebemos já tínhamos chegado.
Lian nos esperava no portão de braços cruzados, um sinal de que ele estava alí há um bom tempo.
— Finalm... Espere, o que aconteceu com o cabelo de vocês? Encontraram um tornado no caminho ou algo assim?! — Questionou me fazendo olhar para Chang Chang.
— Hum? Ah, não. — Choraminguei — É que nós viemos correndo para não nos atrasar.
— Isso não teria acontecido se você não tivesse fugido do assunto — Chang reclamou tentando ajeitar o cabelo colorido.
— Que assunto? — Lian se aproximou da gente.
— Apenas besteira da Chang Chang, esqueça.
Lian passou a mão em meus cabelos, sentia seus dedos passarem entre os fios longos e escuros.
— O que está fazendo? — Perguntei olhando para baixo.
— Estou tentando arrumar isso aqui — Disse — Imagino que você não queira que todos olhem para você, certo?
Concordei e ele terminou de ajeitar meu cabelo.
— Me sinto excluída — Chang Chang brincou — Preciso achar alguém que arrume meu cabelo.
— Boa sorte! — Lian disse debochado, fazendo com que Chang desse um tapa em seu ombro — Ai! Sua louca!
Rimos e finalmente entramos na escola.
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Enquanto as aulas se passavam eu só conseguia pensar nele, no garoto dos meus sonhos. Prometi para mim mesma que não ia pensar nisso, mas novamente não consigo me concentrar em outra coisa que não seja ele.
O que Chang Chang me disse estava martelando em minha cabeça, não acredito em nada disso, mas tudo me leva a crer que talvez seja isso mesmo.
— Você está bem? — Lian perguntou baixinho.
As mesas eram em dupla esse ano e dei sorte de ficar de dupla com um dos meus amigos, mas já Chang Chang não teve a mesma sorte, pois ela ficou com a garota mais chata da escola.
— Estou bem — Disse voltando a prestar atenção na aula — Por que?
Lian abaixou a cabeça
— Nada, você só parecia meio avoada — Riu baixinho e levantou a cabeça — Sabe que pode me contar se estiver acontecendo algo, né?!
Concordei com a cabeça e ele sorriu, então voltamos a assistir a aula. Algo me diz que esse ano vai ser bem longo...
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1395 palavras...
Continua no próximo capítulo
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